EUA leva o troco das agressões que perpetra

Império experimenta, com escombros de Wall Street e Pentágono, pequena dose do que pratica mundo afora

Após cometerem, só no último meio século, assassinatos em massa de civis que chegam à casa dos milhões de mortos, por meio de bombardeios, invasões, intervenções, bloqueios e golpes de Estado contra povos que lutavam por sua soberania e liberdade, os EUA experimentaram, nos últimos dias, uma pequena dose do que têm praticado, com o centro financeiro de Nova Iorque e o Pentágono em escombros.

É gigantesco o passivo da casta dominante dos EUA para com a imensa maioria da Humanidade. 3 milhões de civis foram mortos pelos EUA na Coréia de 1950 a 1953, com Pyongyang totalmente destruída pelos bombardeios, 3 bombas por habitante - e nem assim o Império venceu. No Vietnam, de onde os ianques foram inapelavelmente expulsos, as bombas dos EUA mataram 1 milhão de civis. No Iraque, os ataques norte-americanos massacraram 150 mil, genocídio complementado, ao longo de dez anos, pelo bloqueio imposto pelos EUA que acarretou 1 milhão de mortos, em boa parte crianças, mulheres e idosos, mas o povo não se dobra. Na Iugoslávia, o Império bombardeou hospitais, escolas, asilos, estações de tratamento de água, usinas elétricas, fábricas, trens de passageiros, estações de TV e até a Embaixada da China em Belgrado. Foram 10 mil civis mortos no que a Otan considerou uma guerra "cirúrgica". Carnificinas cometidas mundo afora para bancar os abjetos interesses da minúscula casta que domina os EUA - banqueiros, magnatas do petróleo e barões da indústria bélica e da mídia, estas duas cada vez mais fundidas.

Mas há mais crimes contra a Humanidade: o Império também organizou campanhas de sabotagem contra Cuba; montou a Operação Condor de assassinato de líderes oposicionistas latino-americanos, como Lettelier e Pratts, e na África mandou matar Lumumba. Fomentou e apoiou todo tipo de golpe reacionário, o apartheid e a tortura. Organizou os narcotra-ficantes na contra-revolução (Irã-Contras e CIA-Contras), como já fizera na Indochina e China. Na Indonésia, organizou a matança no golpe de seu lacaio, Suharto, contra o herói da independência do país, Ahmed Sukarno - o hediondo massacre de 1 milhão de pessoas. Bombardeou a Líbia em 1986 e matou civis, inclusive a filha bebê do presidente Kadhafi.

Desde que deram partida à "Guerra Fria" com duas bombas atômicas sobre Hiroxima e Nagazaki, os chefes do Império sempre se pretenderam invulneráveis e impunes, para logo serem surpreendidos pelos desenvolvimentos conquistados pelos povos que buscavam a soberania e libertação. Há dez anos, com o fim do socialismo no Leste Europeu essa pretensão exacerbou-se mas, assim demonstra o golpe certeiro no coração do Império, os EUA acabaram por colher parte do que semearam. O "inexpugnável" Pentágono em chamas, as duas torres símbolo da especulação em escombros, o país virtualmente sem governo por horas e a Casa Branca e o Congresso abandonados.

Na terça-feira dia 11, às 8h50, hora local, o Boeing 767 da American Airlines, vindo de Boston com destino a Los Angeles, arremeteu contra a torre norte do World Trade Center, explodindo e criando um enorme buraco na estrutura do prédio. 18 minutos depois, já com o país inteiro e boa parte do mundo com a atenção voltada para as chamas da primeira torre, um outro Boeing, um 757 da United Airlines, colidiu com a torre sul após arriscada manobra, com uma grande explosão. Menos de uma hora depois, o prédio desabou. Às 10h30, foi a vez da torre norte. Outro avião lançou-se contra o Pentágono. É consenso que os autores pilotaram eles mesmos os aviões nas ousadas manobras para a derrubada das torres de Nova Iorque e do prédio do Pentágono em Washington.

Foi a primeira vez que os ianques sofrem um golpe - e que golpe - em pleno continente. E que foi, aliás, precedido por um isolamento sem precedentes do Império nos fóruns internacionais, que corre paralelamente à mais grave crise econômica nos EUA desde o colapso de 1929.

Redação do Correio da Cidadania- Jornal virtual

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